Associação que reúne 12 grandes empresas da indústria farmacêutica brasileira, como EMS, Aché e Bionovis, o Grupo FarmaBrasil calculou em 17,8 bilhões de reais o valor potencial dos medicamentos que aguardam registro na Anvisa.
A entidade defende a importância da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para o desenho e a implementação do ecossistema farmacêutico de desenvolvimento e inovação no país e tem pleiteado junto ao governo Lula o aumento no número de vagas ofertadas no concurso público que será realizado para o órgão — serão 50 e o FarmaBrasil propõe 129.
O grupo estima que, sem a entrada de nenhum novo processo, a Anvisa levaria de 2,1 a 2,4 anos para concluir todos os que já foram protocolados, com a atual força de trabalho.
O cálculo multibilionário da associação se refere ao chamado “valor de fila” — petições que aguardam na fila e as com análise já iniciada. Trata-se do potencial de valores se o produto estivesse no mercado em 2022, considerando-se dados da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos de volume comercializado e valor unitário médio para cada categoria. Os 17,8 bilhões de reais não incluem os custos das filas de alimentos, dispositivos médicos, cosméticos, saneantes e agrotóxicos.
A maior parte do valor estimado se refere aos medicamentos biológicos (9,4 bilhões de reais). Na sequência, aparecem os novos e inovadores (4,1 bilhões de reais), genéricos e similares (4 bilhões), não sintéticos (205,8 milhões) e fitoterápicos (31,5 milhões).